Eleições 2014: Pesquisa mostra que o Maranhão e outros estados indicam troca de governo

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Sondagens eleitorais apontam para o fim do clã Sarney no Maranhão e para o renascimento do carlismo na Bahia

O desejo de mudanças, que eclodiu nas manifestações de rua de junho do ano passado, se mostra uma tendência nas eleições para os governos estaduais. Na maior parte das unidades da Federação, os partidos que elegeram governantes em 2010 estão sendo derrotados no pleito deste ano, baseado nas pesquisas recentemente divulgadas. Isso ocorre mesmo nos casos em que o atual governador já se reelegeu, mas dificilmente conseguirá emplacar um sucessor.


Curiosamente, a disputa deste ano pode ver o sepultamento de uma dinastia e o renascimento de um movimento político ligado a um clã que se imaginava extinto. No Maranhão, após o término do segundo mandato de Roseana — e a desistência dela em concorrer ao Senado —, o clã Sarney parece estar com os dias contados. Escolhido como sucessor, o peemedebista Edison Lobão Filho está bem atrás de Flávio Dino (PCdoB), que, se eleito, deve pôr um fim a uma hegemonia quase ininterrupta de mais de 50 anos, exceção feita a 2006, quando o pedetista Jackson Lago elegeu-se governador, mas foi cassado em 2009.



Já na Bahia, o carlismo está renascendo. Já havia dado sinais de vitalidade em 2012, quando Antonio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, foi eleito prefeito de Salvador, contrapondo-se ao argumento de que a disnatia não sobrevive nos meios urbanos, por ser um estilo político entranhado nas classes mais populares. ACM Neto, que coordena a campanha presidencial de Aécio Neves na Bahia, caminha para eleger Geddel Vieira Lima (PMDB) ao Senado e Paulo Souto como governador, encerrando um ciclo de oito anos do PT no poder estadual.



Das 27 unidades da Federação, incluindo o Distrito Federal, 22 terão, a se manter as pesquisas divulgadas até o momento, troca nos partidos que darão as cartas na administração local daqui por diante. Em apenas cinco delas — Goiás, São Paulo, Paraná, Acre e Rondônia — as mesmas legendas podem continuar no poder. Nos três primeiros casos, o partido é o PSDB. No Acre, o PT e em Rondônia, o PMDB.


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